Poesia, Filosofia de boteco, Observações do Cotidiano e o que mais vier p´ro mundo da lua! ;)
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O BLOG :1 - Viva a liberdade poética e a proteção aos direitos autorais!Toda vez que posto algo,indico autor. Se não o faço, é porque é a autora quem vos posta.2) Imagens? -Dr.Google. Exceções? Indico autoria. 2) -Poemas,velhos caducos que falam de tudo.NEM SEMPRE FALAM DO QUE SINTO! ... ***quem dera...***
- Pro inferno com esse amor. PRO INFERNO! Pro inferno com essa inquietude,
com essas mãos trêmulas, com essa ausência de paz!
- - Calma, moça...preciso saber... --
- Pro inferno! pro inferno com os dias afetuosos, com aquele sorriso meio torto e aquele charme desgraçado. Pro
inferno com as certezas, com as promessas, com fitas e fitas de memórias a rodar pela cabeça.
...PRO
INFERNO!
Foi isso que disse ao táxi, enquanto
colocava na mala toda bagagem sentimental.
...E foi pro inferno.
#
Bastidores de um conto: Hoje, estava de bobeira no meu café preferido e, por curiosidade humanamente macia, vi uma moça gesticular e mandar alguém "pro inferno". Porque de longe,todo mundo é ameno. Mas minha mãe sempre disse que eu não sou todo mundo...então, ha de surgir um poema ou conto cada vez que a palavra florir. P.s: Perdoem a ausência de acento agudo, problemas no teclado...
Mas, esse já foi o meu grande sonho: matar essa lua que não
dorme, ser mais polida, discreta, amena e funcional.
Quem sabe? (Quando dos livros só me restarem a estante e não a ávida curiosidade por ler e reler tudo que me achega, quem sabe¿ Quando não me
emocionar mais com uma canção nova, com gente inteira, com a desgraça ou
esplendor alheio...)
Tudo parece tão clichê: O tal museu de grandes novidades, do
Cazuza.
A geração anestesiada.
O tédio habitual da rotina amorfa dos dias – algo que tenho
pouco, pois mais me parece coisa de mentes preguiçosas.
Então, vontade de escrever algo maneiro:
Co
Xi
Nha
Nhac!
Engulo uma em plena madrugada, enquanto penso no colesterol e todas aquelas
coisas que ameaçam matar de morte matada, enquanto planejo fugir! Isso mesmo-
fugir! Para Pasárgada. Céu ou taverna dos poetas.
Queria escrever que eu não sou daqui, que meu sorriso é
sincero embora cínico e umas tantas outras verdades que já foram escritas e não
precisam de outras para se bastar. Não preciso nem mesmo do esforço do pensar, para isso: Geniais, esses caras que nasceram antes de mim. Eles tiveram
a esperteza de nascer antes, puderam
escrever sem serem atacados pela obviedade.
O mundo esta óbvio demais. E reclamar dessa obviedade, tanto
quanto.
Cheio de gente purista ou moderna,
Nude ou démodé,
Machista ou feminista,
Luz ou escuridão...
Preguiça mental de tanta dualidade.
Pirados,humanos tão adulterados quanto gasolina: álcool,tabaco,
fluoxetina.
Há tempos,joguei todas as pílulas na privada e
decidi sentir e respeitar meu corpo. Até torcicolo. Matei a hipocondríaca que
me habita.
Ignorei a doença da modernidade, que quer liquidificar sentimentos em substâncias. E nessa de sumir com umas e outras de mim, ainda faltam a psicopata, a dramática, a palhaça, a pudica,
a sonhadora, a redatora, a poeta, a feiticeira, a menininha, a otimista inconteste...
Ah, falta muita gente.
E falta essa lua que não dorme e se recusa a me deixar
dormir, vez ou outra. Nem sempre fã de originalidade, ela gosta das palavras sempre ditas. E escritas. A exemplo de "Te amo": ô coisinha mais repetida no disco riscado da humanidade! Tanta gente já escreveu, 'poemou', cantou, pirou, aportou e profanou!
Mas, não 'tô' de insônia criativa ou reflexiva, então, vou apelar: encerrar este texto com um sonoro NÃO: Como Frejat, nada de "te amo".
A menina de pés descalços, cata flores do chão de giz, céu da vida. Não gosta de colhê-las, crê no tempo da força criadora. Gosta de vê-las cair, livremente, ao sabor dos ventos do agora.
Ela é o instante. O rio que sopra, as doçuras pequenas da vida, a evolução lenta, das águas que bateram na pedra dura até amaciar a alma...
A menina contempla. Tem um força que emana e a vida chama, nunca igual: ela já viu aquele mesmo ipê nu, livre das amarelas folhagens da primavera. Sabe e sente só de tocá-lo. Estação. Desfolhar, recriar-se da raiz... essa sim, sólida!
Está adulta (ela e o ipê), apesar dos lacinhos de fita nos cabelos ou do chapéu branco - seu favorito. Agora, é uma mulher jovem, dona de si. Aprendeu a deixar-se desfolhar e receber-se inteira, até com recibo da vida. Contempla sua aldeia e as cores do fim de tarde e sente suavemente o poema-existir.
E sabe cair, ao sabor dos ventos de rajada. E sabe levantar, com sua própria firmeza interior. E sabe que agora,mais do que nunca, a vida é de quem respira fundo e macio...e trata de ser e receber o presente. Cada dia mais, as coisas parecem coloridas, longe do cinza dos filtros. Sim, a vida é fragrante, um arco de cores e perfumes constantes... e ela só no começou.
“O mundo é muito bonito! Gostaria de ficar por aqui... Escrever é meu jeito de ficar por aqui. Cada texto é uma semente. Depois que eu for, elas ficarão. Quem sabe se transformarão em árvores! Torço para que sejam ipês-amarelos..."
Em homenagem ao Rubem Alves e sua partida do mundo, 02 anos.
Pocahontas é um antigo desenho da Disney
que mistifica a relação histórica entre o desbravador Jonh Smith e uma índia
quando chega "ao novo mundo". Sei do valor simbólico incorreto
e da ‘romancização’ exacerbada dos fatos históricos, mas, sinceramente? não sei
contar das quantas vezes já assisti Pocahontas. Primeiro, por ser um desenho místico,
cheio de lições e encontros com a mãe natureza, sobre a nossa origem de ser bicho e exercer nossa própria natureza. Ainda menina, chorei pelo amor de
Pocahontas e John, sem entender as difíceis escolhas da indiazinha e os
conflitos que envolviam um amor tão singelo em meio à armas, ambição, medo,
visões de mundo diferentes e o preconceito implícito. Recordo com clareza uma cena em que o Pai de Pocahontas, cacique da aldeia, a levou à beira de enorme rio bipartido e falou sobre as escolhas que fazemos na vida. A conversa foi iniciada com a frase musicada...
"Todo rio tem que escolher que caminho percorrer... quando
escolhe o melhor, longa vida irá viver..."
Naquele momento, havia um pai que aconselhava sua menina a seguir pelos caminhos da conveniência – tão mais lógicos
e fáceis. Aquilo que não traria à sua vida tormento. Mas, haveria tormento
maior do que vivenciar uma história sem amor?e o que essa corajosa indiazinha
fez foi apontar para o caminho do amor,o que lhe deu causas e consequências
que...enfim, você que me lê e já fez essa escolha, bem sabe. Sabe, o final deles não foi o convencional da Disney. Mas, para mim, é um dos melhores contos já produzidos: ali, havia verdade, autenticidade, amor.Paixão! E o mundo, inteiramente diverso e multifacetado, como de fato é.
Pois então. Por curiosidade, assisti a Pocahontas 2...e chorei! Acabaram com o amor dela por
John e Pocahontas terminou civilizada. Foi um fim aceitável e previsível, como as
piores histórias! Transformaram Pocahontas, uma princesa índia powhatan*, alma
livre e absolutamente conectada à natureza, em uma clássica
princesa da Disney (argh). Seu amor por John foi substituído
por uma estorinha ‘conveniente. Tudo tão politicamente correto! Para mim, Pocahontas 2 não existe, é uma
deformação artística da história original e da minha lembrança de infância sobre
a importância de ser gente.
O que me trouxe a pequena epifania...
Sim, é difícil mesmo descobrir qual o melhor caminho. Mas, não podemos deixar que nossas vidas sejam como
Pocahontas 2: Adaptado às necessidades da platéia. Ou a obra-prima chamada
existir também se transformaria em mera deformação artística e viver é muito
mais plural. E, nessa coisa toda, cada um é o autor, o roteirista, o diretor e o personagem principal e o responsável por fazer acontecer!
Bem, a lição do rio é muito particular. Se
você estiver nela, desejo do fundo do coração que encontres com as luzes e a força do amor para te guiar. E pessoas que
te amem e apoiem, para ir à guerra e à paz interna junto com você, enquanto
você realiza sua própria “grande navegação”. E que seja uma incrível jornada.