domingo, 27 de fevereiro de 2011

Ouvindo a música, objeto do post abaixo,eu poetisei. Se você puder ler essa poesia em companhia desta música, ela vai fazer mto mais sentido.É muito simples: http://letras.terra.com.br/damien-rice/121129/traducao.html

" Filha do Vento"
Filha do vento
Saboreio o doce e o amargo
Poder do esquecimento...

Sem os heróis de meu céu
Resta-me eu
E as estrelas ,em meio ao breu...

Lágrimas minhas tornam-se chuva
E a chuva fortalece tudo que renasce
Que elas possam tocar tua face...

Quando calei
Foi por sentir demasiadamente
Todo este querer, intenso,latente...

Admito,fraca
Tenho medo pungente
Do que me deixa dormente...

Mas, sem desculpas
Culpados ou malvados
Toda história tem dois lados...

E, ademais
Para nós é um nunca mais
...Essa sentença lhe satisfaz? #
"The Blower's Daughter" (Damien Rice)

"And so it's
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it's
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky .... "


Música do filme Closer - Perto Demais. Se você ainda não assistiu,assista. É um filme marcante, uma película delicada sobre relacionamentos e intimidade. Confesso que Closer me deprime um pouco,pela atitude pessimista (realista?) como encara a natureza humana...

A música - como o filme - fala de sentimentos intensos, é o diálogo entre um casal (se puder,assista ao clipe da música - você não vai se arrepender). O diálogo é lindo, interessante,intenso, denso e suave. E quem nunca esteve na situação de dar um adeus necessário,que atire a primeira pedra...sem contar a sonoplastia...que por sí só,já é uma paixão à parte...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

"Fênix"

Sempre foi assim
Eu me refaço de mim
Transformo em arte
O que já não arde...

Recrio
Construo-me do nada
Torno-me completa
Do que me falta...

De repente
Simplesmente
Brilho novamente
Tão silenciosamente...

Uso matéria prima
Que ninguém quis
E transformo flor de lis
Com força motriz...

Vôo ao céu
Envolta no véu
De quem sabe renascer
Se em chamas ...tudo morrer! #
"Camafeu"

Dei-lhe chances
Você nem viu
Abri – lhe portas
Você saiu

Falei verdades
Você dormiu
E não me ouviu...

Esperei-te
E não vieste
Eu te quis
E tu mentiste

Achaste comum
O que era raro
Formou-se o desfecho trágico...

E quem perdeu
Esse camafeu
...Não fui eu! #

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

"VAMOS PASSEAR DE GUARDA CHUVA?"

Vamos passear de guarda-chuva?
Guardando no olhar o brilho
e na boca o gosto de uva?

Brindar ao luar
à agua que cai do céu
Sentimento sabor de mel...

Brincar de ser criança
temperança
De quem sabe o quão singelo é a esperança...

Sermos mais que noite - lual
fevereiro - carnaval
Fazermos tornar sentimento real...

Proposta nova
Irrecusável e única:
VAMOS PASSEAR DE GUARDA-CHUVA? ...#

domingo, 20 de fevereiro de 2011

“Decreto de Anistia”

Rasgo o silêncio dessa imensidão
Com este grito de meu coração
E esta lágrima, que lividamente, rola...

Quero apagar-me no sono
Nas brancas nuvens do esquecimento
Esquecer este lamento...

Há dores que o corpo aprisiona
E alma teimosa insiste em lutar
Às vezes até a lua precisa chorar...

Livremente rompo o contrato
Do silêncio e descaso
Que represento arduamente sentir...

Não quero mais essas grades!
Não vou mais me roubar de mim!
liberto-me neste ato! ... anistia enfim! #

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

"O Poeta"

O poeta é uma criança que brinca de poesia
E escreve no firmamento
Tragetórias coloridas

Sente prazer em chorar
o poeta é um tipo de gente
que se transforma pelo outro olhar...

Advogado de causas perdidas
chora a tristeza vivida
E a não vivida...

Artista de palcos impuros
Rasga no ar a dúvida e a certeza
Mas esconde sua face
E faz da rima sua humana fortaleza...

Transforma em belo a dor
Como que pelo poder do amor
O poeta é um ladrão
Rouba da vida, captura e eterniza
A emoção... !#

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011


“Silogismo”

Uma possibilidade
Que gera calor
Uma emoção quente
Que não queima a todo vapor...

Não tem matemática que explique
Não tem verso que desvende
Entre a minha e a tua linguagem
Há um sentimento crescente...

Um talvez mansamente banhado
De noites de luar
De uma gota de chocolate
Que invade meu sonhar...

Não tem métrica, nem rima
Na verdade nem tem solução
Essa lógica tão própria
Esqueceu de chamar a razão...!#
"QUE A VIDA É MESMO COISA MUITO FRÁGIL.UMA BOBAGEM,UMA IRRELEVÂNCIA. DIANTE DA ETERNIDADE DO AMOR DE QUEM SE AMA! (Nando Reis)



Meu pai. Hoje,aqui na terra, seria um de seus aniversários. (Sim,ele tinha dois aniversários, história longa,em parte engraçada, que fez parte da divisão de sua história de vida). Quando alguém a quem amamos MUITO parte para um outro momento de sua existência, é que aprendemos que...Todo o dia é dia de se celebrar o amor. Então,CELEBRO! - O amor de teus olhos quentinhos de afeto e verdade, de tua honestidade,generosidade, de teu cheiro de sabão e perfume (caiaque) , teu AMOR que transbordava nos olhos mais quentinhos do mundo...

Talvez hoje eu entenda teus dois aniversários. É que Deus,em sua infinita misericórdia, sabia que só cinquenta e dois anos seriam poucos para celebrar tua existência terrena...então ele nos fez comemorar DUPLAMENTE todos os anos de tua vida aqui, paizinho lindo da minha vida!

domingo, 13 de fevereiro de 2011


" Tempos de delicadeza"

Quebrou-se em mil pedaços
O vitral em coração
Que de tão sagrado
Não tinha verso,nem lado...

Quebrou-se . Esparramou-se pelo chão
Não encontrou perdão
Motivo,nem razão
A retornar...

Milagre do amor!
O vitral se transformou
Juntou-se em pedaços
caco em caco...

Tornou-se melhor
Vestiu-se de singeleza.
Eternizou-se
Em tempos de delicadeza...

Libertou-se da dor e incertezas
Alimentando-se do que foi. E ainda é
E essa ópera chinesa
Aplaudo eu, de pé...#

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Ouve a música. É da década de 70.Suave, belíssima.
Eu e essa SAUDADE que sinto do que eu nunca vi... ;)

"I love You" (Roberto Carlos)

Eu queria um passarinho ser
Pra levar um bilhetinho pra você
E nas mal traçadas linhas revelar
Minha paixão e o meu amor, meu grande amor!...

No meu radinho de pilha sempre escuto
Melodias que me lembram de você
Cafonice talvez possa parecer
Vou me modernizar você vai ver!...

Uma calça Lee agora vou comprar
Vou ficar moderninho pra chuchu
Vou até aprender falar inglês
Pra lhe dizer: I love you, I love you!...

Vou falar gíria e dançar o rock’n’roll
E do Castelinho vou ficar freguês
E se tudo isso não adiantar
Eu vou vestir meu terno branco outra vez!... " (Bis)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011


“Separação”

Quem disse que preciso de tudo isso?
Dois pares de xícaras
Dois jogos de copos
Tantas panelas e pratos
A até um pedaço de pato
Do jantar passado...

Quem disse que preciso dessa parafernália?
Dessa ausência de som tão perturbador?
Pertuba - dor...
Quem disse que preciso de tudo isso
Sem você para cear comigo?...


Toquem fogo!
Queimem tudo!
Não quero mais nesse lugar existir!
Sou como uma mobília velha
A quem o dono, na mudança
“esqueceu” aqui...

Sou o resto do passado
O que ainda não foi, mas já era
Então para que juntar tanta mobília?
Sombra não se utiliza
Nem de panela velha....#

domingo, 6 de fevereiro de 2011

"...eu e o rio..."


Shakespeare na beira do rio
E essa garoa traz o frio
tudo me faz dolente...

Taperebá na correnteza se chega docemente...

Pego-o. Provo-o.
Surpreendentemente azedo e bom
tudo aqui é fluído e som...

Shakespeare me acompanha
Falando que amor é trágico
Mergulho! -Quem sabe afogo em mim esse ar nostálgico...

Quero o conselho dos pássaros
Das árvores. Dos cachos de açaí
Shakespeare, eu não sou inglesa. Eu sou daqui...

Neste, que é meu lugar
Tão puro. Tão mágico.
O amor não é trágico, nem teatral

o amor é simples,calmo,real...

O que é real? -divago.
Chuva cai. Maior, mais forte
Falando que o amor é intensamente natural
Nestas bandas do extremo-norte...#